Beauceant

A sociedade organizada passa a usar insígnias e dentre elas o estandarte que simboliza um chefe, grupo, organização, país, etc. O estandarte de modo geral era um instrumento de ação que convocava seus postulantes para guerrear. Nos dias atuais em muitas instituições gnósticas simboliza à ação espiritual ou representa a presença dos ancestrais.

O estandarte (Beauceant) usado pelos Templários representava de acordo com as regras heráldicas: cortado, a 1ª partição na cor branca e a 2ª partição na cor preta, ou vice-versa. Bordadura com o lema: “Non Nobis, Domine. Non Nobis, Sed Nomini Tuo Da Gloriam” (Não Por Nós, Senhor, Não Por Nós, Mas Para Que Teu Nome Tenha Glória), tendo ao centro a Cruz Pátea em vermelho. As cores branca e preta são iguais em seu valor absoluto, sendo que o branco do pavilhão representa a teofania (manifestação de Deus) simboliza o amor, a inteligência e a pureza. A cor preta representa a prudência nas adversidades, simbolizando o ódio e a agressividade que devia ser usada contra os inimigos. A cruz central é o eixo do mundo e a cor vermelho (de goles heráldico) simboliza as virtudes espirituais e o ardente amor por Deus e pelo próximo.

O Beauceant ou Beau Seant (Beau=belo e Seant=docente) era indispensável em uma batalha. Cabia ao segundo-tenente ter outro pavilhão reserva caso o primeiro fosse parar em mãos inimigas; na condição de não haver outro estandarte, cabia aos Cavaleiros seguir e obedecer à bandeira de uma outra Ordem envolvida na mesma tarefa. O Cavaleiro Templário não poderia deixar nunca o campo de batalha enquanto houvesse presente na disputa um estandarte cristão, caso contrário teria como pena capital a guilhotina. Só poderia deixar a luta sem punição quando não houvesse mais um beauceant cristão.

Argamassa
Da Luz Templária à Perfeição Maçônica

Jussara Faria Cestari