Os uniformes militares dos Cavaleiros eram impecavelmente limpos, cobertos por um manto longo semelhante a uma capa, branca com a cruz vermelha bordada na altura do ombro direito, que depois passou a ser bordada no lado esquerdo do peito com a finalidade de proteger o coração. O hábito pardo ou negro era para os demais trabalhadores do Templo. Cabelos cortados a zero, barba e bigode bem cheios, e uma preocupação com o asseio.
O uso de barba e bigode fartos simbolizava coragem, sabedoria, virilidade e força, tendo sido representada artisticamente em deuses mitológicos como Zeus, Poséidon entre outros, inclusive na representação do Deus dos judeus e cristãos, os monarcas e nos grandes filósofos. O manto servia de proteção contra as interpérias do tempo além de ser um atributo dos deuses, ou seja, vestir um manto é sinal de que a escolha foi feita com sabedoria, significa a consciência clara do compromisso com a função assumida. Por isso era dever do Cavaleiro honrar suas vestes, principalmente o manto, pois dá-lo é o mesmo que dar a si próprio.
A túnica e o manto constituíam-se basicamente a indumentaria do Cavaleiro, sendo que, ao sair em Cruzadas, vestiam ainda uma cota de malha para a proteção nas batalhas, o que tornava necessária a ajuda do escudeiro para auxiliar o Cavaleiro a se vestir começando pelas pernas, colocando o coxote para proteger as coxas, as grevas para proteger o tornozelo e as polainas de ferro e demais peças que serviam para sua proteção. A armadura mesmo sendo metálica não impedia o movimento do Cavaleiro devido à perícia dos armeiros. As armaduras para as “justas” eram um pouco mais leves e com proteção adicional do lado esquerdo e o propósito das disputas eram meras demonstração das habilidades do Cavaleiro .
A cota de malha era feita de anéis metálicos que ligavam por rebites. A cota podia ser só a blusa, saiote ou protegendo todo o corpo. A couraça protegia a parte superior e com as Escarcelas protegiam o abdome e a parte superior da coxa. A proteção do pescoço era feita com o gorjal que podia ter ou não barbeira e a partir do século XII passou a ter uma placa guarda nuca.
O espaldar ou espaldeira protegia ombros, braços e axilas podia ser inteiriça ou em peças soltas como espaldar só de ombro, braçal e cotoveleira.
Para as mãos usavam luvas de metal chamadas de manopla, a parte de baixo das luvas eram confeccionadas em couro para que o cavaleiro pudesse segurar a espada com firmeza.
O Elmo usado pelos guerreiros na Idade Média aumentaram de tamanho e eram forrados com couro para maior conforto. Foram criados vários modelos de elmos que eram usados de acordo com tipo de cada gorjal. Tinha por finalidade era proteger a cabeça dos golpes do oponentes independente do modelo, a parte de trás era mais acentuada para proteção da nuca.
Jussara Faria Cestari
Argamassa
Da Luz Templária à Perfeição Maçônica
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