Museu da Comunicação e Costumes



O Museu da Comunicação e Costumes é uma associação museológica, cultural e educacional com atuação no campo da comunicação, história e costumes. Suas atividades têm como referência seu acervo, instalado na Casa de Cultura José Bonifácio na Ilha de Paquetá. O museu possui uma magnífica coleção que reúne mais de doze mil itens dos séculos XVII ao XX. 



O Museu da Comunicação e Costumes como uma associação museal, inicia um novo ciclo cultural para Ilha de Paquetá, constituído de forma tradicional, ao trabalhar um novo conceito, sem roteiro definitivo que permite ao visitante, através de sua percepção, interação e participação no circuito, uma reflexão sobre a evolução de diferentes costumes da sociedade.



































Escadaria 


Existem duas versões sobre sua construção, todas verbais. Chegou até nossos dias que no ano de 1728 a Venerável Irmandade, realiza a escavação dos 365 degraus diretamente no duro granito, para assim, facilitar o acesso dos fiéis. A outra narrativa a mais difundida e conhecida é sobre a fé de uma devota conhecida por Maria Barbosa, que desejosa de ser mãe, pede a Virgem Mãe que lhe conceda a graça de engravidar e prometeu mandar construir uma escada até a Igreja. Em 1817 deu à luz ao menino e no ano de 1818 começa a escavação dos degraus na rocha e no ano seguinte a escada estava pronta com 365 degraus. Era uma escada estreita. Até o momento nenhum documento foi encontrado que possa precisar sua construção.

Alguns anos mais tarde, o irmão tesoureiro Sr. Francisco José de Almeida, pediu a virgem que o ajudasse a liquidar suas dividas, ao adquirir um bilhete de loteria sob o numero 1266 o seu pedido foi atendido, ganhou e em agradecimento mandou colocar corrimão de ferro guarnecendo a escadaria.  Devido ao desgaste natural e excesso de visitantes em romaria, os degraus tornaram-se escorregadios, e por bem, a Irmandade no ano de 1913 efetua a reforma total da escadaria, respeitando o traçado original houve alargamento e mais tarde o acréscimo de 17 degraus. Hoje, a escada possui 382 degraus. 






História  Santuário Mariano Arquidiocesano de Nossa Senhora da Penha de França

A Igreja em louvor a Nossa Senhora da Penha, hoje Santuário Mariano Arquidiocesano está situado no cima de um penhasco, localizado no atual bairro da Penha. A história da igreja começa no ano 1635, construção do Capitão Baltazar de Abreu Cardoso, fidalgo português e proprietário de terras que lhe foram concedidas em sesmaria no ano de 1613

Consta na narrativa oral que o Capitão Baltazar tinha por hábito subir a grande pedra para observar sua propriedade. Um dia descansando ao pé de uma árvore surgiu uma cobra peçonhenta pronta para dar o bote. Ele, então, bradou “Valei-me Nossa Senhora”, surge um lagarto, predador natural da serpente e a ataca. O Capitão em agradecimento ergue no topo do outeiro uma pequena ermida em louvor a Nossa Senhora do Rosário. A notícia espalhou-se rapidamente pela comunidade sobre o milagre de Nossa Senhora do Alto do Penhasco, e provavelmente a partir deste ponto a invocação é substituída por Nossa Senhora da Penha, devoção originária da Espanha, introduzida em Portugal no século XVI, e levada para as colônias portuguesas.

Esta narrativa provavelmente pode ser verídica, se levarmos em conta que ainda no ano 2019 encontramos nas matas em volta da grande pedra cobras e grande lagartos.

A pequena ermita era composta de um altar mor abobadado, tendo no trono a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Construção em alvenaria com 20 palmos de circunferência, com a frente voltada para o mar, possuía uma pequena sacristia que continha uma urna, banqueta e outros objetos para realização do culto.

A igrejinha se manteve dessa forma até o ano de 1728 quando os familiares  do Capitão Baltazar entregou aos cuidados de um grupo de fiéis a ermida, então, a confraria organizava-se sobre o nome de Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França. Consta uma provisão de confirmação de compromisso da Venerável Irmandade na Chancelaria de D. Maria I em 29 de janeiro de 1783.


Ao assumir a ermida em louvou a Nossa Senhora da Penha a Venerável Irmandade promove a primeira reforma “...acrescentando um arco cruzeiro para o lado da frente que acha para o mar 45 palmos de comprimento e 22 de largura, ficando desde então esse espaço considerado o corpo da igreja, contendo  púlpito e coro que ficaria por cima da porta principal. Do lado direito da ermida existia uma meia água com 28 palmos de comprimento e 15 de largura que seria a sacristia tendo do lado esquerdo uma pequena porta e escada que dava ingresso ao púlpito..... campanário que tinha do lado da frente da igreja com 2 pequenos sinos”...
 Na frente da Igreja é demarcado o local do cruzeiro e colocado uma cruz de madeira.

No ano de 1870 a Irmandade resolve demolir a ermida e construir uma nova Igreja. Houve um planejamento para não interromper as celebrações religiosas. Foi contratado cavouqueiros para planar o cume da montanha. Quando realizavam o trabalho encontraram na antiga sacristia duas sepulturas com restos mortais do primeiro padre que serviu a Venerável Irmandade o Ermitão Antonio Ferreira de Souza, falecido em 1782. Consta que o padre agenciou esmolas para compra de 2 datas de terras em 1778 aumentando o patrimônio da Irmandade, e também, o restos mortais do Padre Manuel da Silveira Peixoto, português que serviu como capelão de 1803 até sua morte em 1839. De forma respeitosa foram transladados para lugar reservado na frente  da igreja.

No dia 1 de junho de 1871 assentou-se a soleira da porta principal onde está colocado caixa com jornais da época, moedas de ouro, prata e cobre e assinatura de todos os irmãos da Venerável Irmandade e demais autoridades, sendo a obra concluída em 1872 .

E assim, a Igreja se manteve em sua estrutura, sofrendo pequenas intervenções no interior. A última grande reforma acontece no ano de 1900 e concluída em 1902. O então capelão Padre Ricardo Silva, contribuiu muito para o embelezamento da Igreja. Com a construção das duas torres
 que lhe deu um ar mais pomposo, e as pirâmides em mármore branco e rosado finalizado campanário, obra do mestre Engenheiro Luiz Moraes Junior. 

No frontão três esculturas alegóricas representando as Virtudes Teologais, a Fé, Esperança e Caridade, obra do escultor Hugo Wagner, mármores e azuleijaria de Amaral Guimarães & Cia, e na parte da arquitetura decorativa o trabalho de estucaria, ficou a cargo do artista Henrique Lavoie. 

No cruzeiro a cruz de madeira foi substituída por uma de pedra de Lioz. Em cada lado da muralha foi colocada as urnas funerárias dos capelães encontrados na antiga sacristia.

Na década de 20 a Igreja sofre, assim, diversos acréscimos como a construção do novo batistério, gabinete do capelão, confessionário, novo altar-mor, entre outras reformas internas que modificaram a sua forma primitiva perdendo sua referência e expressão luso-brasileira. 

A planta da igreja de configuração retangular, se define com: acesso principal, nave única, altar mor, púlpito ricamente entalhado, lustre de cristal tcheco, paredes almofadadas em mármore, tribunas, coro, batistério, sacristia, confessionário, reservado do capelão, e demais dependências. O antigo altar mor com a imagem de Nossa Senhora do Rosário foi colocado na sacristia onde permanece até os dias de hoje. A imagem de Nossa Senhora do Rosário e a de Nossa Senhora da Penha são originais do século XVII. E estão permanentemente exposta aos fiéis.

A Venerável Irmandade, sociedade filantrópica, sempre trabalhou para o desenvolvimento religioso e educacional da região da Penha. No ano de 1873 cria o colégio masculino destinado à população pobre da região e no de 1920 regulamenta e inaugura o colégio feminino. Na atualidade, funciona como uma instituição de ensino mista tradicional católica.

Em 24 de setembro de 1924, na torre da Igreja foi montado um carrilhão adquirido na exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, fabricado em Portugal pesava quase 1900 quilos e possuía 18 sinos. A inauguração e benção aconteceu em 27 de setembro de 1925, celebrada por Dom Henrique Gasparri, Núncio Apostólico no Brasil e contou com a presença de várias autoridades. Hoje, fragmentado, o carrilhão encontra-se em exposição no Museu da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França.

Registramos o desejo da Venerável Irmandade e de seu Capelão Padre Ricardo Silva a obtenção do título de Santuário para a Igreja da Penha. Todo processo teve início no ano 1905 como consta em atas e documentos registrado nos livros administrativos da Venerável Irmandade. O desejado e sonhado título é consagrado em 15 de novembro de 1966 por Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal da Santa Igreja Romana na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.(Protocolo 9563 livro 02). Antes porém, o Papa Pio XI agrega a Igreja de Nossa Senhora da Penha de França à Sacrossanta e Patriarca Basílica de Santa Maria Maior de Roma, em 15 de julho de 1935.

Em visita ao Brasil o Papa João Paulo II, avista a Igrejinha do alto do penhasco e conhecendo sua rica história pede ao Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, Arcebispo da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para elevar o Santuário à categoria de Santuário Mariano Arquidiocesano, em 31 de maio de 1981. A beleza e a importância religiosa, social e cultural do Santuário o coloca na categoria de monumento religioso, histórico e cultural da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o que lhe conferiu o tombamento em 21 de junho de 1990 (processo 9413 06/1990).

Fonte: Livro de tombamento Prefeitura Rio de Janeiro  - 1990
                         Livro de Atas de Mesas Ordinárias e Termos de Eleição III, 1859-1876 
                Chancelaria de  D. Maria I, livro 84 folha 312 verso - Capela de Santo Antonio da Barra, termo da Bahia, Brasil - Fonte :Torre  do Tombo   
                em Portugal
                          Livro de Atas de Mesas Ordinárias e Termos de Eleição III, 1859-1876 pág. 71 e 73

Conheça a história da Igreja da Penha - Vídeos - Assista todos os vídeos publicados - O Globo - Catálogo de Vídeos  oglobo.globo.com

http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/catalogo/2603907
Restauração Têxtil
Acervo: Museu Carmem Miranda
Peça: Traje de Cuba
Equipe Técnica
Jussara Faria Cestari
Márcia Esteves Cerqueira
Maria do Carmo de Oliveira
A indumentaria usada por Carmem Miranda no Show " Boite Tropicana" em Havana (Cuba) em 1955 é compostas de: Turbante, Bustier, Babado de ombro, Saia e Anágua. A restauração das peças teve processo diferentes.
Bustier
tecido bordado com algumas lantejoula feitas de gelatina
sem restauração
Após a limpeza mecânica e a vapor - volta da cor e o brilho original

Babado de Ombro
filó bordado com fios metálicos
A peça foi desmontada, lavada e planificada

peça restaurada
Anágua
Tecido sintético com bordados em fios metálicos


Anágua restaurada
Saia

Saia sem o forro e alinhamento dos fios do tecido
Detalhe da restauração de uma das aplicações da saia
maça de veludo - rasgos e lantejoulas soltas

em processo de restauração
Detalhe - saia restaurada

Turbante
desmontado para restauração da estrutura de sustentação .



Turbante restaurado
































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Armas Nacionais

Brasão é uma insígnia ou distintivo com figuras e ornamentos que representam as armas de uma nação, de um reino, de uma família,de corporação dentre outros. Coloca-se no escudo de armas atributos que representam a glória, honra e nobreza.As Armas Nacionais Brasileira são constituídas por um escudo redondo sobre uma estrela, carregando no centro, o Cruzeiro do Sul. Foi instituído em 19 de novembro de 1889, e seu uso é obrigatório segundo o artigo 26 da lei 5.700/71, com a redação dada pela lei 8.421/92 nos três poderes do governo federal, estadual e municipal, bem como nos quartéis militares e policiais, conforme determinação da lei. Da mesma forma, regula seu uso em papel impresso ou papel timbrado do governo federal. Nos impressos poderá ser usado na cor preta, verde ou colorido. Quando marcado em timbre, o uso só é permitido ao presidente da república e aos embaixadores que estejam no exterior.



Descrição
(oficial)

Escudo redondo em campo azul celeste, carregando cinco estrelas de prata, dispostas na forma da constelação do Cruzeiro do Sul, com bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual aos dos estados brasileiros. Escudo pousado em estrela de cinco pontas partida gironada em 10 peças, sendo 5 de sinopla
[1] e 5 de ouro; filete de ouro e orleta de goles[2]; brocante sobre espada, em pala, empunhada, guardas de blau[3], com filete de ouro, tendo aos centro um quadrado de goles carregando estrela de 5 pontas de ouro. Insígnia ladeada de um ramo de café frutificado,à destra, e a sinestra um ramo de fumo florido, ambos na cor natural, atados com fita de blau; O brasão pousado sobre resplendor de ouro, com contornos formando uma estrela de vinte pontas. Listel de blau, brocante sobre o punho da espada, com legenda de ouro onde lê-se:”REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”,Na destra do listel lê-se: “15 DE NOVEMBRO”, e a sinestra “ DE 1899”

Jussara Faria Cestari
Conhecendo os Símbolos Nacionais
[1] Sinopla - verde
[2] Goles- vermelho
[3] Blau -azul
Símbolos Nacionais
A palavra símbolo por princípio de analogia representa ou assume valores de semelhança entre coisas diferentes, revelando variações, consideráveis por sua forma ou sua natureza, que representa ou substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente, representando e designando uma realidade complexa. Sendo um elemento essencial no processo de comunicação. Principalmente os pátrios que têm significados fortes, que são a imagem que representam a nação, a cultura e o povo. Devido a globalização, os brasileiros passaram a valorizar símbolos de outras culturas, principalmente pela ideia errônea de que, patriotismo era algo próprio dos militares.
Por necessidade de se comunicar o ser humano criou e cria símbolos, podendo ser religiosos, artísticos ou mesmo em conversas do cotidiano esta capacidade humana de simbolizar é uma das razões que nos distinguem dos animais. A linguagem simbólica é determinante para compreendermos uma sociedade e seu passado, suas crenças e mitos, possibilitando o entendimento do presente e desta forma contar sua própria história.
Todos os países possuem símbolos que os representam. Os símbolos pátrios tem por objetivo outorgar uma visão panorâmica da história do país, onde o material representa algo imaterial, reportando à identidade da nação, parte de construção da memória. Os símbolos nacionais são fonte de informações sobre um povo e sua cultura.
No Brasil são quatro os Símbolos Nacionais regulamentados pela lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos brasileiros porém, no decreto 70.274, de 9 de março de 1972, também há regulamentação sobre o mesmo tema. Segundo a lei 5.700, alterada pela lei 8.421, de
11 de maio de 1992, a execução das armas nacionais deve obedecer à proporção estabelecidas, e atender às distribuição ordenada pela lei. Fica determinado também, que a homenagem aos Símbolos Nacionais seja realizada no dia 18 de setembro.
Os Símbolos Nacionais Brasileiros são: Armas Nacionais, Bandeira Nacional, Hino Nacional e o Selo Nacional.
Jussara Faria Cestari
Conhecendo os Símbolos Nacionais